O veículo que apresentarei desta vez faz parte de uma série de protótipos que foram apresentados pela Willys-Overland e por outras empresas (o primeiro foi em 24 de fevereiro de 1943), quando estavam procurando um eventual substituto para o Jeep padrão nas operações aerotransportadas. Notem bem, o aerotransporte não significa lançar o veiculo de um avião, mas sim levá-lo de um lugar para o outro via aérea. Como já falei numa outra vez, o Jeep só conseguiu ser lançado de um avião na década de 50.
Vale um pequeno desvio para comentar que nessa época, os planejamentos da invasão da Normandia já estavam bem adiantados e a necessidade de materiais especiais e fáceis de transportar era enorme.
Sua história é quase a mesma de muitos outros protótipos que surgiram, foram testados e na maior parte das vezes rejeitados pelos mais variados motivos, desde complexidade de construção, de manutenção, de operação e em grande parte destas vezes, o interesse de algum conglomerado industrial poderoso em sabotar os eventuais contratos do Exército Americano com algum concorrente.
Este protótipo super leve foi encomendado visando a maior capacidade possível de carga com o menor peso estrutural possível.
Para começo de conversa, os engenheiros da Willys pegaram um Jeep padrão e anotaram tudo o que era em primeira instância desnecessário e simplesmente retiraram do veículo. Algumas destas coisas foram: A madeira que ficava por detrás do para choque dianteiro (sim, o Jeep tem um caibro de madeira por dentro do parachoque para fortalecer a estrutura dianteira), o parachoque dianteiro foi cortado na largura dos suportes, a placa de proteção inferior do câmbio foi retirada, a placa central para prender a torre de metralhadora também foi suprimida, o suporte de bateria, os reforços de chassi superior e inferior, a travessa sobre o diferencial traseiro, suportes dos amortecedores traseiros, o gancho de reboque traseiro foi substituído por uma peça de chapa estampada com um pino de segurança, os parachoques traseiros foram retirados e a travessa traseira foi cortada na largura do chassi. Já deu para notar que foi um festival de “corta daqui e dali” que quase fez o chassi desaparecer.
Bem, mas isso apenas no chassi faltava o resto: mecânica e lataria.
Na lataria a solução foi relativamente simples: descartaram a carroceria por completo. Fizeram um capô e paralamas menores, uma grade também reduzida, suprimiram toda a parte traseira da carroceria e instalaram uma espécie de caixa que seria usada como caçamba. Todas essas peças foram feitas em chapa de aço de espessura menor para ajudar na diminuição do peso.
Depois disso conseguiram reduzir ainda mais o peso com as seguintes modificações: capô, paralamas e parabrisa de estrutura tubular revestidos de lona.
Na parte mecânica e elétrica é que realmente eles arrepiaram. Suprimiram do motor as seguintes partes: gerador, motor de arranque (partida só na manivela), bobina, distribuidor, filtro de óleo com suporte e a proteção do carter. Vocês podem achar que o carro não iria funcionar sem o distribuidor, mas um magneto da marca Wico foi colocado em seu lugar. O tanque de gasolina foi reduzido e ganhou um medidor de leitura direta. O filtro de combustível também foi trocado por outro de menores dimensões. O silencioso foi colocado ao lado do motorista e a tubulação também reduzida.
As caixas de câmbio, de reduzida e de direção, foram mantidas as de linha.
Na parte elétrica retiraram a bateria, os faróis, lanternas de combate, lanternas traseiras, chicote, pedal de partida, todos os interruptores, todos os instrumentos relativos à parte elétrica e (pasmem) a buzina foi substituída por uma de acionamento manual. O medidor de temperatura também foi suprimido sobrando apenas o velocímetro e o de pressão de óleo.
O primeiro protótipo tinha apenas panelas de freio na traseira, pois na frente, tudo relativo ao sistema havia sido retirado e os braços da direção foram feitos com material mais fino. Já no segundo veículo as panelas de freio foram colocadas apenas na frente e tiveram a sua parte externa torneada para aliviar pêso também.
Óbvio dizer que os feixes de mola foram diminuídos, pois o carro já estava tão mais leve que não havia necessidade de serem tão robustos.
Ao todo foram apresentados 6 protótipos com muitas outras modificações e alternativas. Comentar todas seria impraticável no espaço disponível e poderia ficar meio monótono ficar enumerando algumas modificações de ordem meramente técnica como, por exemplo, a utilização de diferentes tipos de materiais em determinadas partes (como por exemplo a substituição do capô metálico por um de lona) e assim por diante. O importante é que mais um veículo diferente, curioso, ou ainda esquisito (depende do gosto do freguês) foi apresentado e mostra como a pesquisa histórica desse bravo veículo é tão apaixonante quanto dirigir uma máquina dessas seja no asfalto, na lama, na paz ou na guerra.
Vale um pequeno desvio para comentar que nessa época, os planejamentos da invasão da Normandia já estavam bem adiantados e a necessidade de materiais especiais e fáceis de transportar era enorme.
Sua história é quase a mesma de muitos outros protótipos que surgiram, foram testados e na maior parte das vezes rejeitados pelos mais variados motivos, desde complexidade de construção, de manutenção, de operação e em grande parte destas vezes, o interesse de algum conglomerado industrial poderoso em sabotar os eventuais contratos do Exército Americano com algum concorrente.
Este protótipo super leve foi encomendado visando a maior capacidade possível de carga com o menor peso estrutural possível.
Para começo de conversa, os engenheiros da Willys pegaram um Jeep padrão e anotaram tudo o que era em primeira instância desnecessário e simplesmente retiraram do veículo. Algumas destas coisas foram: A madeira que ficava por detrás do para choque dianteiro (sim, o Jeep tem um caibro de madeira por dentro do parachoque para fortalecer a estrutura dianteira), o parachoque dianteiro foi cortado na largura dos suportes, a placa de proteção inferior do câmbio foi retirada, a placa central para prender a torre de metralhadora também foi suprimida, o suporte de bateria, os reforços de chassi superior e inferior, a travessa sobre o diferencial traseiro, suportes dos amortecedores traseiros, o gancho de reboque traseiro foi substituído por uma peça de chapa estampada com um pino de segurança, os parachoques traseiros foram retirados e a travessa traseira foi cortada na largura do chassi. Já deu para notar que foi um festival de “corta daqui e dali” que quase fez o chassi desaparecer.
Bem, mas isso apenas no chassi faltava o resto: mecânica e lataria.
Na lataria a solução foi relativamente simples: descartaram a carroceria por completo. Fizeram um capô e paralamas menores, uma grade também reduzida, suprimiram toda a parte traseira da carroceria e instalaram uma espécie de caixa que seria usada como caçamba. Todas essas peças foram feitas em chapa de aço de espessura menor para ajudar na diminuição do peso.
Depois disso conseguiram reduzir ainda mais o peso com as seguintes modificações: capô, paralamas e parabrisa de estrutura tubular revestidos de lona.
Na parte mecânica e elétrica é que realmente eles arrepiaram. Suprimiram do motor as seguintes partes: gerador, motor de arranque (partida só na manivela), bobina, distribuidor, filtro de óleo com suporte e a proteção do carter. Vocês podem achar que o carro não iria funcionar sem o distribuidor, mas um magneto da marca Wico foi colocado em seu lugar. O tanque de gasolina foi reduzido e ganhou um medidor de leitura direta. O filtro de combustível também foi trocado por outro de menores dimensões. O silencioso foi colocado ao lado do motorista e a tubulação também reduzida.
As caixas de câmbio, de reduzida e de direção, foram mantidas as de linha.
Na parte elétrica retiraram a bateria, os faróis, lanternas de combate, lanternas traseiras, chicote, pedal de partida, todos os interruptores, todos os instrumentos relativos à parte elétrica e (pasmem) a buzina foi substituída por uma de acionamento manual. O medidor de temperatura também foi suprimido sobrando apenas o velocímetro e o de pressão de óleo.
O primeiro protótipo tinha apenas panelas de freio na traseira, pois na frente, tudo relativo ao sistema havia sido retirado e os braços da direção foram feitos com material mais fino. Já no segundo veículo as panelas de freio foram colocadas apenas na frente e tiveram a sua parte externa torneada para aliviar pêso também.
Óbvio dizer que os feixes de mola foram diminuídos, pois o carro já estava tão mais leve que não havia necessidade de serem tão robustos.
Ao todo foram apresentados 6 protótipos com muitas outras modificações e alternativas. Comentar todas seria impraticável no espaço disponível e poderia ficar meio monótono ficar enumerando algumas modificações de ordem meramente técnica como, por exemplo, a utilização de diferentes tipos de materiais em determinadas partes (como por exemplo a substituição do capô metálico por um de lona) e assim por diante. O importante é que mais um veículo diferente, curioso, ou ainda esquisito (depende do gosto do freguês) foi apresentado e mostra como a pesquisa histórica desse bravo veículo é tão apaixonante quanto dirigir uma máquina dessas seja no asfalto, na lama, na paz ou na guerra.
FICHA TÉCNICA PARCIAL (protótipo 02):
Peso líquido: 1.577,5 Lbs - 709,87 Kg
Capacidade de carga: 500 Lbs - 225 Kg
Peso bruto: 2.162,5 Lbs - 973,12 Kg
Bitola: 46 5/8 Pol. - 1,184 Mts
Comprimento total: 127,5 Pol. - 3,238 Mts
Largura total: 53,5 Pol. - 135,9 Mts
Altura do chão ao capo: 39 Pol. - 0,99 Mts
Altura livre do solo: 8 Pol. - 0,20 Mts
Autonomia: 225 Milhas - 360,9 Km
Velocidade máxima: 64 Mph - 102,6 Km/h
Pneus: 5.00 x 16 Militar não direcional
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