37192 60617 19917 31894 08015 44919 96637 30279 32548 39508 09660 96232 29132 89438 47736 52408 75202 54104

sábado, 4 de dezembro de 2010

Jeep 3/4 Ton 6x6 Willys MT-TUG


TUG em inglês quer dizer rebocador. Essa foi a razão da Willys ter dado esse nome para um protótipo que ela desenvolveu a partir de um Jeep padrão.
Explicando melhor, o tal veículo tinha uma característica bem diferente do Jeep normal: ele tinha 6 rodas. Isso mesmo, 2 diferenciais traseiros como nos caminhões pesados da época. Isso dava uma capacidade de arrasto muito maior do que o normal e possibilitava uma gama de usos mais ampla do que a versão original.
A requisição para esse tipo de veículos veio da necessidade de um veículo de 3/4 de tonelada mais leve e ágil do que os carros Dodge da época. Como criatividade não era exatamente o tipo do material que estava em falta e nem sendo racionado pelo governo, algumas das soluções mais engenhosas da história do automóvel apareceram nessa época.
Ao todo foram quinze veículos fabricados em 1943 para o Exército Americano sob o contrato W-303-ORD-4623 e testados nas mais diferentes funções, desde simples transportes até blindados. Todos os testes foram conduzidos em Camp Gordon, Johnston, Florida, no Comando de Transporte do Exército.
O Jeep teve a carroceria alargada e bem encompridada para acomodar todas as modificações necessárias às suas novas funções.
O motor e o cambio permaneceram os mesmos, mas a caixa de redução teve a sua relação modificada para 2,27:1 e a dos diferenciais mudada para 5,38:1.
O primeiro protótipo tinha entre outras características o interessante acessório de uma quinta roda.  Não que ele tivesse uma roda a mais do que as seis, mas a quinta roda que os cavalos mecânicos possuem sobre o chassi para serem atrelados às carretas de carga. Possuía também um sistema de compressor para o acionamento do freio a ar do reboque. A alavanca de acionamento do freio do reboque era colocada ao lado direito do motorista, encostada ao compartimento do compressor que sobressaía por dentro da cabine.

Outra variação desse veículo foi numa versão ambulância com capacidade para 6 macas.
 
 

Outro veículo foi utilizado para montar um canhão de 37 m/m antitanque (T-14), na tentativa de substituir o equivalente da Dodge, que nada mais era do que uma pick-up WC-51 com um canhão montado na carroceria.
 
Todas essas tentativas acabaram se mostrando inúteis, pois nenhuma delas conseguia se diferenciar através de um desempenho tão melhor do que os veículos já existentes, que compensasse parar uma linha de produção para começar outra e arcar com todos os problemas logísticos que isso acarretaria.
Deixei para o fim um protótipo interessante, que foi a transformação de um chassi com canhão, para um veículo blindado de reconhecimento (T-24). Esse carro recebeu uma blindagem em toda a sua volta, o que fez com que ele parecesse um misto de tartaruga e locomotiva. 
 Novamente não teve sucesso devido ao excesso de peso aliado à pouca potência do motor,  mas o mais interessante de tudo é que justamente esse blindado e o protótipo numero 8 são dois dos possíveis quatro únicos sobreviventes dos quinze que foram construídos.
O blindado foi mostrado numa convenção de colecionadores de carros militares no Campo de Provas de Aberdeen, EUA, em maio de 1995 e pelo que deu para comparar com as fotos originais, ele foi muito bem conservado e restaurado (apesar de faltar o suporte de antena que estava originalmente no paralama dianteiro direito).
O protótipo numero 8 pertence a um rancheiro chamado Royce Anderson do Estado de Nevada e que o utiliza num parque de sua propriedade chamado "Ponderosa Ranch",  baseado no seriado de televisão dos anos 60, "Bonanza". 

Outro TUG, pertence a Fred Smith de Staffordshire (Inglaterra), participou em 2002, do maior evento mundial de viaturas militares, conhecido como “The War and Peace Show”, que se realiza anualmente em The Hop Farm, Paddock Wood, Kent, TN12 6PY na Inglaterra. (http://www.warandpeaceshow.co.uk/)

Lá fomos nós, outra vez, fazer um pouco de arqueologia na história do Jeep e desvendar mais algumas coisas sobre essa nossa querida paixão e eterna dor de cabeça. Até parece mulher....
Mantenham eles rodando.
           
            CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS PARCIAS:
           
- COMPRIMENTO:
4,28 mts
- LARGURA:
1,52 mts
- CAPACIDADE DE CARGA:
em torno de 750 Kg
- QUOCIENTE DE SUBIDA:
66%
- PESO:
dependendo da versão: a partir de 2.000 Kg
- MOTOR:
Padrão do Jeep
- CAMBIO:
Warner T-84 J (padrão)
- CAIXA DE REDUZIDA:
Modificada para 2,27:1
- DIFERENCIAIS:
(3) Modificados para 5,38:1

sábado, 6 de novembro de 2010

WILLYS MB-L

O veículo que apresentarei desta vez faz parte de uma série de protótipos que foram apresentados pela Willys-Overland e por outras empresas (o primeiro foi em 24 de fevereiro de 1943), quando estavam procurando um eventual substituto para o Jeep padrão nas operações aerotransportadas. Notem bem, o aerotransporte não significa lançar o veiculo de um avião, mas sim levá-lo de um lugar para o outro via aérea. Como já falei numa outra vez, o Jeep só conseguiu ser lançado de um avião na década de 50.
Vale um pequeno desvio para comentar que nessa época, os planejamentos da invasão da Normandia já estavam bem adiantados e a necessidade de materiais especiais e fáceis de transportar era enorme.
Sua história é quase a mesma de muitos outros protótipos que surgiram, foram testados e na maior parte das vezes rejeitados pelos mais variados motivos, desde complexidade de construção, de manutenção, de operação e em grande parte destas vezes, o interesse de algum conglomerado industrial poderoso em sabotar os eventuais contratos do Exército Americano com algum concorrente.
Este protótipo super leve foi encomendado visando a maior capacidade possível de carga com o menor peso estrutural possível.
Para começo de conversa, os engenheiros da Willys pegaram um Jeep padrão e anotaram tudo o que era em primeira instância desnecessário e simplesmente retiraram do veículo. Algumas destas coisas foram: A madeira que ficava por detrás do para choque dianteiro (sim, o Jeep tem um caibro de madeira por dentro do parachoque para fortalecer a estrutura dianteira), o parachoque dianteiro foi cortado na largura dos suportes, a placa de proteção inferior do câmbio foi retirada, a placa central para prender a torre de metralhadora também foi suprimida, o suporte de bateria, os reforços de chassi superior e inferior, a travessa sobre o diferencial traseiro, suportes dos amortecedores traseiros, o gancho de reboque traseiro foi substituído por uma peça de chapa estampada com um pino de segurança, os parachoques traseiros foram retirados e a travessa traseira foi cortada na largura do chassi. Já deu para notar que foi um festival de “corta daqui e dali” que quase fez o chassi desaparecer.
Bem, mas isso apenas no chassi faltava o resto: mecânica e lataria.
Na lataria a solução foi relativamente simples: descartaram a carroceria por completo. Fizeram um capô e paralamas menores, uma grade também reduzida, suprimiram toda a parte traseira da carroceria e instalaram uma espécie de caixa que seria usada como caçamba. Todas essas peças foram feitas em chapa de aço de espessura menor para ajudar na diminuição do peso.
Depois disso conseguiram reduzir ainda mais o peso com as seguintes modificações: capô, paralamas e parabrisa de estrutura tubular revestidos de lona.
Na parte mecânica e elétrica é que realmente eles arrepiaram. Suprimiram do motor as seguintes partes: gerador, motor de arranque (partida só na manivela), bobina, distribuidor, filtro de óleo com suporte e a proteção do carter. Vocês podem achar que o carro não iria funcionar sem o distribuidor, mas um magneto da marca Wico foi colocado em seu lugar. O tanque de gasolina foi reduzido e ganhou um medidor de leitura direta. O filtro de combustível também foi trocado por outro de menores dimensões. O silencioso foi colocado ao lado do motorista e a tubulação também reduzida.
As caixas de câmbio, de reduzida e de direção, foram mantidas as de linha.
Na parte elétrica retiraram a bateria, os faróis, lanternas de combate, lanternas traseiras, chicote, pedal de partida, todos os interruptores, todos os instrumentos relativos à parte elétrica e (pasmem) a buzina foi substituída por uma de acionamento manual. O medidor de temperatura também foi suprimido sobrando apenas o velocímetro e o de pressão de óleo.
O primeiro protótipo tinha apenas panelas de freio na traseira, pois na frente, tudo relativo ao sistema havia sido retirado e os braços da direção foram feitos com material mais fino. Já no segundo veículo as panelas de freio foram colocadas apenas na frente e tiveram a sua parte externa torneada para aliviar pêso também.
Óbvio dizer que os feixes de mola foram diminuídos, pois o carro já estava tão mais leve que não havia necessidade de serem tão robustos.
Ao todo foram apresentados 6 protótipos com muitas outras modificações e alternativas. Comentar todas seria impraticável no espaço disponível e poderia ficar meio monótono ficar enumerando algumas modificações de ordem meramente técnica como, por exemplo, a utilização de diferentes tipos de materiais em determinadas partes (como por exemplo a substituição do capô metálico por um de lona) e assim por diante. O importante é que mais um veículo diferente, curioso, ou ainda esquisito (depende do gosto do freguês) foi apresentado e mostra como a pesquisa histórica desse bravo veículo é tão apaixonante quanto dirigir uma máquina dessas seja no asfalto, na lama, na paz ou na guerra.

FICHA TÉCNICA PARCIAL (protótipo 02):

Peso líquido:                                            1.577,5 Lbs - 709,87 Kg
Capacidade de carga:                                500 Lbs - 225 Kg
Peso bruto:                                               2.162,5 Lbs - 973,12 Kg
Bitola:                                                      46 5/8 Pol. - 1,184 Mts
Comprimento total:                                   127,5 Pol. - 3,238 Mts
Largura total:                                            53,5 Pol. - 135,9 Mts
Altura do chão ao capo:                             39 Pol. - 0,99 Mts
Altura livre do solo:                                   8 Pol. - 0,20 Mts
Autonomia:                                               225 Milhas - 360,9 Km
Velocidade máxima:                                  64 Mph - 102,6 Km/h
Pneus:                                                      5.00 x 16 Militar não direcional

domingo, 14 de março de 2010

Willys Jeep - Jungle Pickup MLW T24


A guerra não estava nada fácil para os americanos na região do Pacífico em 1943. A lama pegajosa, o calor e a mata fechada das ilhas a serem conquistadas aos japoneses faziam com que tudo, homens e máquinas, sofressem muito. Um velho conhecido nosso, o Jeep, também tinha suas limitações e elas aos poucos foram se revelando. As unidades tentavam a todo custo melhorar o desempenho daquele que era a sua mula de carga e as modificações de campo foram aparecendo aqui e ali nas mais variadas formas. Numa dessas mudanças uma coisa parecida com uma caçamba de pickup havia sido colocada para aumentar sua capacidade de carga. A novidade funcionou razoavelmente apesar de sobrecarregar o eixo traseiro.
Essas experiências foram colocadas em relatórios e encaminhadas ao Quartel General da Força Aérea do Exército.
Em 12 de setembro de 1943 o Centro de Provas de Aberdeen começou a modificar um Jeep padrão. Um jogo de rodas de 20 polegadas foi modificado para encaixar nos eixos do Jeep. Um jogo de pneus de caminhão GMC (7.50x20) foi colocado.
Os testes no campo mostraram que o aumento da altura melhorou sensivelmente o desempenho do Jeep na lama, mas tornou o veículo menos ágil devido ao aumento de peso.
O Departamento de Ordenança encomendou para a Willys-Overland dois modelos piloto que tivessem pneus e rodas 7.50x20 aliviados e o máximo possível de partes intercambiáveis com o Jeep padrão. O novo veículo teria a seguinte denominação: “Truck, ½ ton, 4x4, Pickup, Light Jungle, MLW T24”. Esse veículo nunca seria adotado, pois o Comando das Forças Terrestres do Exército não queria um veículo fora de padrão para atrapalhar ainda mais as complicadas operações de translado de peças para manter as máquinas em funcionamento.
O T24 era basicamente um Jeep MB com 12 polegadas a mais no comprimento, com uma carroceria de pickup e com tampa traseira.
Para compensar os pneus maiores, a relação dos diferenciais foi diminuída para 5.38: 1 e a reduzida na caixa de transferência também foi rebaixada para 2.43: 1.
Feixes de molas reforçados foram colocados para sustentar o aumento da capacidade de carga que, subiu de ¼ para ½ ton. Um guincho vertical foi colocado atrás do para choque dianteiro.
Muitos problemas apareceram no protótipo N.1 (aliás, só foram construídos dois veículos desse tipo), como suportes dos jumelos que se partiam por excesso de esforço, semi-eixos que se partiam devido ao aumento de comprimento, já que os diferenciais haviam sido encompridados para suportar mais carga. Os cubos de roda não eram suficientemente fortes para aguentar o arrasto das rodas e pneus muito maiores e consequentemente se partiam. A embreagem normal de produção não tinha a capacidade de torque necessária (atenção pessoal que coloca rodas maiores em qualquer veículo, isto tudo foi feito por engenheiros de alto nível e dava problemas. CUIDADO COM AS MODIFICAÇÕES!).
Como o T24 não era prioritário, os trabalhos foram num ritmo mais lento e em Fevereiro de 1945, mais de um ano após a Willys ter completado os dois protótipos é que os testes de lama foram feitos.
O T24 saiu se bem em todos os testes. (Curiosamente ele se saía melhor na lama com os pneus sem corrente do que com elas)
Quando o projeto foi finalmente cancelado, o Centro de Provas de Aberdeen teve o trabalho de desmontar os eixos especiais que haviam sido feitos e colocou um conjunto de eixos padrão no seu lugar. Rodas normais e pneus 7.50 x 16 padrão foram colocados. Esta modificação produziu um Jeep com carroceria de pickup que, acredita-se, acabou sendo utilizado internamente pelo próprio centro de provas.
Para aqueles que estão achando que me esqueci de falar sobre o segundo protótipo aqui vai a resposta: ele foi designado para o Centro de Testes no Deserto e depois para o Laboratório de Mecânica de Tillage no Alabama para testes de lama com dinamômetro. Foi depois para o Centro de Testes de Pneus. Depois disso tudo, ele retornou para o Centro de Provas de Aberdeen, aonde chegou praticamente destruído.
De acordo com uma informação que li em um site a pouco tempo atrás, em 1948 o Campo de Provas de Aberdeen, juntou para algumas fotos e relatórios finais os protótipos que haviam sido recusados em testes e simplesmente os destruiu. Um tiro no peito do preservacionismo e da memória histórica.
Sua última foto é esta.

Hoje em dia nada resta desses dois veículos, a não serem as fotos e os dados técnicos de uma máquina que poderia ter feito outra revolução, semelhante àquela que o Jeep fez quando apareceu, mas que a política acabou estragando tudo mais uma vez.
Mais um veículo para nos deixar (nós que gostamos dessas máquinas), com água na boca. 


DADOS TÉCNICOS:

- CARGA ÚTIL:                          1.000 Lbs - 450 Kgs
- PESO BRUTO:                         3.683 Lbs - 1.657 Kgs
- COMPRIMENTO:                      142,5 Pol - 3,62 Mts
- LARGURA:                              62 Pol - 1,57 Mts
- ALTURA C/CAPOTA:                72,5 Pol - 1,84 Mts
- DIST. ENTRE EIXOS:                92 Pol - 2,33 Mts
- PNEUS:                                  7.50 X 20
- ALTURA DO CHÃO:                  12 Pol - 0,305 Mts
- VELOCIDADE MAX.:                 50 M.P.H. - 80,2 Km/h
- MOTOR:                                 4 cilindros padrão do Jeep
- TRANSMISSÃO:                        3 a frente e 1 a ré padrão do Jeep
- CAIXA DE TRANSF.:                 2.43 : 1
- DIFERENCIAIS:                        5.38: 1
- GUINCHO FRONTAL:                Vertical com capacidade de 8.000 Lbs

domingo, 21 de fevereiro de 2010

JEEPLET = Jeep + Harley-Davidson

   Embora pelo título você imagine que vai ler um artigo sobre "ponta de estoque de Jeeps", acredite, não é nada disso! Apesar de ser um nome meio esquisito para alguma coisa, foi esse o nome que o departamento de engenharia da Willys-Overland achou e registrou para um protótipo de veículo militar que eles desenvolveram em Junho de 1943.

   Nessa época, o apelido JEEP já estava muito popular tanto entre os soldados, como nos altos escalões, daí apelarem para um nome já bem conhecido e familiar a fim de lançar algo no concorrido mercado militar daquela época.
   O que se buscava, na realidade era um veículo com capacidade de levar cargas e homens e que pesasse bem menos do que o que se dispunha até então. A principal vantagem desse veículo seria a facilidade de transporte aéreo. Não podemos esquecer que ainda não haviam sido inventados os aviões que lançavam as cargas pela parte de trás. Todos os aviões da época tinham portas laterais e por isso só podiam jogar cargas pequenas e manualmente. Ou seja, aqueles que dizem que o Jeep tinha aquelas alças laterais para amarrar o paraquedas, estão dizendo muita asneira. O Jeep só conseguiu ser lançado de um avião em vôo, na década de 50.

   O tal JEEPLET tinha também uma sigla militar que era WAC 1/4 - 4X4 (Willys Air Cooled)

   Pela ficha técnica que possuo dele, algumas das suas características (que são muitas para escrever) eram as seguintes:
    - Veículo extra leve de 1/4 de tonelada equipado com tração nas quatro rodas.
    - Embreagem seca, uma caixa de transmissão e dois diferenciais convencionais com óleo hypoid. A caixa de transmissão tinha também reduzida para auxiliar a travessia de terreno difícil.
     - Pneus 15 x 5.00 de 4 lonas tipo militar com pressão de 25 Lbs.
     - Peso bruto: 1.100 Lbs (498,96 Kg) "dá pra levar no bolso".
     - Capacidade: 400 Lbs (181,40 Kg)
     - Combustível: gasolina de 70 octanas no mínimo.
     - Velocidade máxima em terceira: 48,5 Mph (77,79 Km/h)
     - Angulo de entrada de 48º.
     - Angulo de saída de 45º.
     - Autonomia a 35 Mph (56 Km/h) de mais de 150 milhas (240,6 Km).
     - Tanque de gasolina de 6 galões (22,7 Lts).
     - Suspenção traseira feita por feixes de mola semelhantes aos do Jeep.


  - Na dianteira o diferencial era preso ao chassi, e um conjunto de juntas universais duplas dava a transmissão de força para as rodas. As pontas do diferencial presas ao chassi por molas semi elípticas formavam uma suspenção independente.



  - Motor: Harley-Davidson de dois cilindros contra postos refrigerados a ar e colocado no centro do chassi.
    - 49 polegadas cúbicas.
    - Taxa de compressão de 6,5 para 1.
    - 26 Hps a 4.800 rpm.
    - Carburação horizontal e filtro de ar a óleo.
    - Transmissão Harley-Davidson modelo XOW acoplada ao motor.
   - Freio hidráulico com cilindro mestre colocado no lado esquerdo do chassi e acionamento direto.
    - Freio de estacionamento: dispositivo que acionando o pedal de freio normal este o travava na posição, ou seja, as quatro rodas ficavam travadas.
    - Partida manual. A alavanca de partida ficava ao lado direito do motorista e podia ser acionado com o dito cujo sentado mesmo.


   O mais interessante de todos os dados técnicos que aparecem na ficha dessa belezinha é que na proposta original a carroceria seria feita totalmente de madeira compensada.

     Pode parecer estranho, mas devemos lembrar que várias Station Wagon da época tinham as carrocerias feitas em madeira. E realmente isso facilitava a construção e diminuía o custo. Pelo menos naquela época.
     Em compensação, pelas fotos que aparecem nesta ficha técnica, dá para notar que existem vários indícios de ela foi feita em chapas de aço. Como se trata de um protótipo que acabou não vingando, vamos dar um desconto para isso e curtir a curiosidade.